Por: Bruna Menegueço
Fonte: Revista Crescer
É o que mostrou uma pesquisa norueguesa. A explicação é
simples: escrever envolve muitos sentidos e, por isso, facilitaria o
aprendizado e a memorização do que é escrito. Confira
Na sala de casa, você abre o notebook para checar alguns
e-mails. Seu filho logo vê a tela e quer brincar, apertar, desenhar. O contato
das crianças com teclados acontece cada vez mais cedo e ganha espaço no dia a
dia.
Pensando nisso, cientistas noruegueses resolveram estudar a
diferença de aprendizado entre crianças que escrevem à mão e aquelas que
digitam. A pesquisa, feita na Universidade de Stavang, mostrou que o primeiro é
melhor porque envolve muito mais sentidos que o digitar, o que facilita o aprendizado.
O estudo foi feito com dois grupos de alunos. O primeiro
escreveu o alfabeto à mão, enquanto o segundo digitou. Ao final do trabalho, os
pesquisadores perguntaram se eles lembravam o que havia escrito e o primeiro
grupo se saiu melhor.
A explicação dos cientistas é simples. Segundo eles, partes
diferentes do cérebro são ativadas quando lemos as letras digitadas e quando
reconhecemos as letras escritas a mão. ”Ao escrever, os movimentos envolvidos
deixam uma memória na parte sensorial e motora do cérebro, que ajuda a
reconhecer as letras e cria uma conexão entre leitura e escrita”, explica Anne
Mangen, professora do Centro de Leitura da Universidade.
O papel dos pais e da escola é incentivar todas as áreas do
cérebro da criança, principalmente durante a alfabetização. “Ela precisa
aprender a segurar o lápis, a desenhar a letra que não está pronta, a ter o
domínio do traço. Antes de escrever, ela vai passar o dedinho nas letras em
texturas diferentes para perceber sinestesicamente a diferença entre elas, até
os menor detalhe entre P e o R, por exemplo", diz Raquel Caruso,
psicomotricista do EDAC – Equipe de Diagnóstico e Atendimento Clínico.
"Tudo isso é muito diferente do simples apertar o botão no teclado, que já
está ali, pronto.”
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