Fonte: Globo Educação
É o que dizem os professores, mais atentos ao desempenho dos
alunos, já que é possível encontrar diversos tipos de trabalho prontos na rede.
Antes da Internet era comum que os alunos visitassem as
bibliotecas em busca de informações. Atualmente, eles não precisam sair de
casa, basta um click e têm à disposição milhares de textos e, inclusive,
trabalhos prontos. Roberta Rita Vargas Marcolino, aluna do 1º ano do Ensino
Médio, no Colégio Heitor dos Prazeres, em Guaratiba, Rio de Janeiro, acha que
copiar trabalho da Internet é um jeito feio de conseguir boas notas.
“Vejo muitos colegas copiando da rede. A Internet é uma
ferramenta de pesquisa útil, mas não deve ser a única fonte. Procuro
informações em livros, converso com professores...”, ressalta a aluna.
Para a professora Jacqueline Lima Dourado, que dá aulas de
Estética e Crítica de Mídia na Universidade Federal do Piauí (UFPI), as redes
sociais são uma fronteira nova e têm grande potencial, mas precisam de
monitoramento.
“Uso a Internet para disponibilizar links de artigos para os
alunos, sugestões de filmes, de livros, mas monitoro, e os estudantes sabem
disso. Plagiar é crime e, nesse caso, a punição é a reprovação. Fazemos estudo
de caso de reportagens que saem na mídia sem a devida apuração, e recomendamos
que os futuros profissionais não façam isso. Senso crítico é fundamental. O
professor também precisa estar preparado. Na década de 90 eu trabalhava
consultando dois livros ao mesmo tempo, agora fico com dois computadores
ligados”, explica.
Jennifer Soares Jorge, aluna do 2º ano do Ensino Médio no
Colégio Pedro Fernandes, no Rio de Janeiro, acredita que não adianta tentar
enganar os professores: eles sabem quando os estudantes estão copiando.
“Já vi professor brigando com aluno por conta de trabalho
copiado. Não costumo usar muito a Internet para pesquisar, só quando
necessário. Quando utilizo, tento fazer resumos do que li. Copiar não é legal,
porque não aprendemos de verdade”, diz a jovem.
O aluno tem informação, mas não possui conhecimento, por
isso a orientação do professor é importante, explica Andrea Ribeiro Mendes, que
dá aulas de Geografia. “Nosso papel não é travar um duelo com a tecnologia, e
sim trabalhar junto com ela. A cópia, se for referenciada, é válida, mas é
preciso buscar outras fontes de pesquisa também. Uma vez despertado o interesse
pela pesquisa, o aluno bem orientado não copia”, ressalta.
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