Por: Marcos
Ricardo dos Santos
Fonte: Super Abril
Você vai morrer quando os seus órgãos falharem. Essa falha pode ser causada por
acidentes, doenças ou pelo desgaste natural dos tecidos ao longo da vida. Mas
pode existir também um quarto elemento: a ação do seu próprio cérebro. Um grupo
de cientistas da Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, descobriu
que o cérebro humano possui uma espécie de relógio interno - que determina
quanto tempo o organismo irá viver. Isso acontece no hipotálamo, uma região no
meio do cérebro que controla diversas reações do corpo, como fome, sede e sono.
Em estudos com ratos, os pesquisadores notaram algo interessante: conforme o
animal envelhece, o hipotálamo vai elevando o nível de um conjunto de proteínas
chamado NF-kB. Os cientistas resolveram fazer um teste. Usando manipulação
genética, criaram ratos imunes a essas proteínas. Surpreendentemente, os bichos
viveram 23% a mais que a média.
E não só isso: eles se saíram melhor que os demais em testes físicos e
cognitivos. "Além de viver mais, os ratos viveram com qualidade", diz
o cientista molecular Dongsheng Cai, líder do estudo.
Ainda não se sabe por que a proteína está ligada ao processo de envelhecimento.
Uma possível explicação é que ela gere processos inflamatórios crônicos no
corpo - que, no longo prazo, desgastariam os órgãos e poderiam predispor a
doenças. "Não temos como acabar com o envelhecimento. Mas talvez possamos
estender o tempo de vida das pessoas", acredita Cai.
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