Por: Talita Abrantes.
Fonte: Exame Abril.
São Paulo – Para muita gente, os próximos dias sinalizam o
fim de uma era e o início de uma nova fase de vida: o momento em que deixa para
trás o status de estudante universitário e migra para a condição de
profissional formado.
O frio na barriga diante do horizonte ainda informe é intenso
nesta fase e a pressão, idem. O problema é que a combinação de medo,
imaturidade e pressão acaba guiando muitos jovens jovens recém-formados para escolhas erradas de carreira.
Veja quais são:
Atirar para todos os
lados
Na transição entre a
condição de estudante para a de profissional formado, muitos ex-universitários
tendem a mergulhar em uma profunda ansiedade para encontrar logo um emprego para chamar de
seu.
O problema? No afã de carimbar logo a carteira de trabalho, muitos atiram por todos os lados e tomam decisões apressadas capazes de comprometer todo um futuro profissional. “Eles precisam mapear o mercado e selecionar o que realmente tem a ver com ele”, diz Elvira Berni, sócia-diretora da People on Time Consultoria. Neste momento, ainda não dá para ter um plano de carreira definido, explica a especialista, mas é essencial ter uma diretriz – uma direção de que tipo de rota o jovem profissional pretende caminhar.
O problema? No afã de carimbar logo a carteira de trabalho, muitos atiram por todos os lados e tomam decisões apressadas capazes de comprometer todo um futuro profissional. “Eles precisam mapear o mercado e selecionar o que realmente tem a ver com ele”, diz Elvira Berni, sócia-diretora da People on Time Consultoria. Neste momento, ainda não dá para ter um plano de carreira definido, explica a especialista, mas é essencial ter uma diretriz – uma direção de que tipo de rota o jovem profissional pretende caminhar.
Outro fato importante
que muitos jovens se esquecem: se você terminou a faculdade agora, não precisa
necessariamente já estar com um emprego fixo no dia 1º de janeiro.
“Eles pensam que precisam ganhar dinheiro para se aposentar aos 30 anos com 1 bilhão de reais na conta”, brinca Elvira. Quando, na verdade, deveriam estar preocupados com uma única coisa: experimentar e viver coisas novas, de acordo com a especialista.
“Em vez de já entrar no mercado, por que não viver uma experiência nova, conhecer outras expectativas e, provavelmente, melhorar muito como ser humano?”, questiona.
“Eles pensam que precisam ganhar dinheiro para se aposentar aos 30 anos com 1 bilhão de reais na conta”, brinca Elvira. Quando, na verdade, deveriam estar preocupados com uma única coisa: experimentar e viver coisas novas, de acordo com a especialista.
“Em vez de já entrar no mercado, por que não viver uma experiência nova, conhecer outras expectativas e, provavelmente, melhorar muito como ser humano?”, questiona.
Achar
que é a última (ou a pior) bolacha do pacote
“Alguns nesta faixa
etária se acham muito especiais, pensam que são muito melhores do que realmente
são”, diz Elvira. “Isso faz com que eles cometam erros nos processos”. Nesta
fase, é essencial saber que “uma coisa é o conhecimento teórico, outra é a vida
profissional na prática”, afirma a coach Thirza Reis. Por isso, humildade é
importante e, nesta fase, essencial. “É interessante que o formado baixe um
pouco a bola”, diz a especialista. Na via oposta, há quem se muna de baixa
autoestima e dê voz para a insegurança. O resultado é uma atitude paralisante e
um medo intermitente diante de novos desafios – algo inerente aos primeiros
passos da carreira. O antídoto é o mesmo para os dois grupos: é preciso se
conhecer melhor. Isso acontece por meio de processos de terapia, coaching ou
conversas profundas com mentores, enumera Elvira - ou outras estratégias que
gerem feedback e um quadro claro das fraquezas e fortalezas de cada jovem
profissional.
Ainda não saber o que o diferencia na
multidão
Para estrear no
mercado, é preciso se destacar. Mas como isso pode acontecer se tudo o que se
tem no currículo são os diplomas de
ensino médio e superior? Neste ponto, o autoconhecimento entra novamente em
cena. “Ele tem que ter claro em que agrega de valor e no que pode melhorar”,
diz Elvira. Um caminho é olhar para o que você fez nos quatro, cinco anos
universitários, além das aulas, que pode contar pontos para o seu trabalho como
efetivo. Acredite, de atuar na empresa júnior até fazer voluntariado: muitas atividades da faculdade têm potencial para alavancar a sua carreira no
futuro. E sabê-las de cor pode ser um diferencial.
Querer só a cereja do bolo

Engatar uma pós de cara
Fazer uma
pós-graduação sem ter muito claro o que se quer da carreira é um tiro no pé,
segundo Thirza. "Às vezes, você não gosta de um assunto, mas se encanta ao
trabalhar. Ou ama um assunto e na prática, não gosta. Por isso, partir direto
para a pós é temerário", afirma. A exceção vai para quem já tem uma
identidade profissional bem estruturada mesmo ao sair da faculdade.
Não ter
persistência
Para a maior parte
dos mortais, a subida profissional é lenta – talvez muito mais do que você
imagine. E para vencê-la é preciso persistência e paciência (muita, diga-se de
passagem). Segundo Thirza, a consolidação de um profissional no mercado leva de
dois ou três anos. "Precisa de paciência, estrutura, foco e disciplina.
Quem não tem dificilmente irá se estabelecer no mercado",
afirma. “Agora, não é como no videogame quer você perde e tem outra vida.
A vida é uma só, desta vez”. E paciência para edificá-la é fundamental.
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