O
professor da Universidade de São Paulo (USP), José Marcelino Rezende Pintor,
afirmou que para cumprir efetivamente as metas do Plano Nacional de Educação
(PNE), o investimento do PIB no setor deve chegar a 10,7% em 2020. Ele
participou de reunião da comissão especial da Câmara dos Deputados que
discute a proposta nesta terça-feira.
Segundo
o professor, o Ministério da Educação “errou” ao fazer as contas e apontar
o investimento necessário de 7% do PIB para alcançar os indicadores apontados
no PNE. De acordo com Marcelino, esse percentual corresponderia à necessidade
de investimento apenas para 2012.
Integrante
do Conselho do Movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos sugeriu que os
parlamentares peçam as contas feitas pelo Executivo para chegar à conclusão de
que 7% do PIB são suficientes para financiar a educação até 2020. Ele ressaltou
que é preciso um grande investimento para atingir uma equidade mínima entre as
escolas, que é proposta pelo Custo Aluno Qualidade (CAQ).
Ramos
destacou que o País colocou como meta do Ideb a nota 6 (que era o desempenho da
Comunidade Europeia em 2005), mas aplica apenas cerca de 1/3 do montante
investido pelos países europeus em ensino. Na Europa, informou ele, são cerca
de R$ 9 mil por aluno, enquanto no Brasil, em 2010, esse valor ficou por volta
de R$ 3,5 mil.
Parâmetros
O
professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) Nelson Cardoso Amaral destacou
que é possível escolher vários indicativos para definir a qualidade que se
deseja para a educação.
De
acordo com Amaral, se o País aplicar 10% do PIB, atingirá padrões próximos aos
países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que
é de 6 mil dólares por aluno entre 2020 e 2030. Se forem aplicador 8% do PIB,
informou ele, esse patamar será atingido entre 2030 e 2040 e, se for aplicado
7%, só se aproximará dos valores investidos pelas nações ricas entre 2040 e
2050.
Fonte: Estadão
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